Não deixe o medo te paralisar

Conexões reais acontecem quando nos mostramos para o mundo

Você já deve ter se deparado com aquela frase “Vai. E se der medo, vai com medo mesmo”.

Como sempre, falar sempre é muito mais fácil do que colocar em prática, mas não deixar o medo no comando, em tudo o que nos propomos a fazer, é muito importante.

O pior efeito do medo é justamente o de nos paralisar.

 

O medo nos impede de agir do jeito que gostaríamos. Ou então nos deixa angustiadas porque podemos sentir ao mesmo tempo medo do que pode acontecer ou não acontecer, algo que foi interpretado de forma linda por Lenine e Julieta Venegas:

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá


Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá


O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Em outro trecho da música, aparece a frase:

O medo é a medida da indecisão

E é isso que estamos falando quando dizemos que o medo paralisa.

Porque é difícil evitar sentir medo. É algo que acontece. Sentimos medo, assim como sentimos o vento, como sentimos calor.

Por mais que a gente mentalize que não queremos sentir medo, ele vai acontecer.

Sentimos medo quando estamos em uma situação de perigo. E também quando precisamos tomar uma decisão importante.

 

Porque nem sempre podemos prever quais serão as consequências daquilo que escolhemos. Sempre vai ter uma vozinha interna nos falando “e se eu tivesse feito diferente?”.

Precisamos saber que toda escolha vem acompanhada de uma renúncia. Devemos tentar abraçar nossas escolhas, sem pensar no que perdemos com elas.

Talvez, nosso maior medo seja o de se arrepender e fracassar, mas saiba Freefree que na vida, essas duas coisas vão acontecer.

Não há um manual que garanta sempre a melhor tomada de decisões. O que não pode acontecer é vivermos na zona de conforto, onde nada acontece.

É nesse lugar que sentimos medo do amor e de não amar. Que sentimos medo de viver e não viver plenamente.

E nos casos em que realmente escolhemos a pior opção, ou fazemos algo do qual nos arrependemos, precisamos entender que isso é normal. E não saímos sem nada dessa situação, ganhamos um aprendizado para o futuro. Não estamos só perdendo.

A verdade é que realmente perdemos quando deixamos de nos arriscar. Quando não nos permitimos viver algo que pode ser incrível ou ruim, e se for ruim vai somar à nossa bagagem de ensinamentos. Ou seja, estamos ganhando de alguma forma.

Quando falamos em mulheres em cargos de liderança, fica muito visível a importância de não sucumbir ao medo ou à síndrome de impostora. Uma pesquisa feita com mulheres em cargos de chefia, aponta que 43% disseram que o medo de falhar é uma das assombrações para evoluir na carreira.

 

Ainda representamos apenas 36% dos cargos de liderança e não podemos regredir em nossas conquistas.

Precisamos ter a ambição de crescer, de evoluir, mesmo com medo de fracassar.

E também precisamos falar do medo de nos expor.

Quantas vezes você deixou de dar sua opinião por achar que seria julgada? E você já chegou a concordar com algo só porque era a opinião dominante de quem estava com você?

Não podemos fazer ou dizer algo que não concordamos só porque “todo mundo” está fazendo/dizendo.

Temos que ser fiéis e verdadeiras ao que sentimos.

Conexões reais acontecem quando nos mostramos para o mundo. Não tenha medo de se expor, de ser você, de mudar de opinião, de fracassar ou passar vergonha.

Viva tudo isso.

Aproveite o que for bom e aprenda com o que não for.

Não tenha medo.