Estamos em pleno século 21 e falar de sexo, sobretudo da sexualidade feminina e direitos reprodutivos, ainda é um tabu.
É um tabu porque tem gente que acha que usar determinada roupa pode ser entendido como um convite ao assédio.
É um tabu quando planos de saúde exigem consentimento do marido quando uma mulher quer utilizar um método contraceptivo como o DIU.
É um tabu quando 40% das mulheres não se masturbam.
É um tabu quanto 55% das mulheres têm dificuldade de chegar ao orgasmo, e 44 % fingem, seja para agradar o parceiro, por sentirem dor durante a relação ou por simplesmente não conhecerem o seu próprio corpo.
É um tabu quando vemos países como Argentina e México avançarem para a legalização ou descriminalização do aborto enquanto por aqui todos acham o assunto polêmico demais, mesmo quando a prática já acontece de forma insegura e é uma das principais causas das mortes maternas.
É um tabu quanto tem gente que acha que educação sexual é uma forma de sexualizar precocemente as crianças, ao invés de ser algo para protegê-las.
É um tabu quando temos um em cada sete bebês nascidos de mães adolescentes, que muitas vezes precisam abrir mão de sonhos e de uma carreira porque não contam com uma rede de apoio e são preteridas para vagas de emprego.
É um tabu quando mulheres ainda são julgadas quando escolhem não ser mães, como se estivessem abdicando do único papel que deveriam cumprir em sua existência. E no Brasil, 37% das mulheres não querem.
É um tabu quando a responsabilidade da contracepção recai sobre as mulheres, quando são 79% delas que usam algum método.
E ainda podemos citar outros dados preocupantes em relação à saúde feminina, como o fato de que uma em cada quatro adolescentes brasileiras não têm acesso a absorventes, e que uma em cada dez meninas no mundo deixe de ir à escola quando está menstruada.
Para que os tabus deixem de existir, o caminho é a educação, o diálogo.
Por isso, esse ano a Free Free e a Bayer se unem para a edição 2021 do Festival Free Free!
Vamos realizar quatro rodas de conversa virtuais no dia 30 de setembro com temas muito importantes ligados à sexualidade e à saúde da mulher.
Confira a programação: