Dinheiro. Sim, precisamos falar sobre isso.

Dinheiro não é tudo na vida, mas ter uma boa relação com ele é sim muito importante.

Hoje eu queria falar com você que não acordou sendo a grande premiada da loteria. Que não descobriu ser herdeira de uma herança de muitos dígitos. Que não está com a vida financeira garantida por toda sua existência terrena. Ou talvez seja até o oposto disso…

 

 

Sabemos que dinheiro não é tudo na vida, mas ter uma boa relação com ele é sim muito importante.

 

Importante porque ter apenas o básico para sobreviver não é suficiente. Não há nada errado em ter ambições e querer conquistar mais, viver novas experiências e agradar a nós mesmas. O dinheiro é uma ferramenta muito poderosa de transformação da nossa realidade e, principalmente, o dinheiro é o que garante que a gente seja livre.

Sim, não há liberdade sem liberdade financeira.

E se hoje temos muitos exemplos de mulheres de sucesso que sabem gerir muito bem os seus recursos, isso não foi sempre assim.

Somente em 1962 as mulheres puderam abrir contas em banco, porque até então elas não tinham CPF. E ainda precisavam da autorização dos maridos para poder trabalhar fora de casa.

Já estávamos mandando astronautas para o espaço antes de que uma mulher brasileira pudesse plenamente ser a dona de sua própria vida.

Essa divisão familiar onde o homem é o responsável pelo dinheiro na casa e a mulher pelos cuidados domésticos e familiares já não faz sentido, mas até hoje muitas mulheres ainda não têm uma relação confortável com o dinheiro.

A mentalidade de que dinheiro é coisa de homem tem efeitos que ainda pairam sobre nós, podendo se manifestar, por exemplo, na falta de confiança na hora de negociar um salário, na permanência em relacionamentos abusivos, sejam eles conjugais ou familiares, ou nas tentativas de associar que mulheres que se interessam por dinheiro são fúteis e não confiáveis. Podemos gostar de dinheiro sim e é importante sermos as donas do nosso dinheiro.

Crédito: Unsplash/Pickawood

 

As mulheres já são responsáveis por mais de 80% das escolhas de consumo em suas casas. Mas uma pesquisa realizada pelo banco UBS aponta que quase 60% das mulheres não estão inteiradas dos aspectos mais importantes de sua segurança financeira como investimentos, seguros, aposentadoria e outros planejamentos de longo prazo.

No Brasil, 45% das entrevistadas apontam deixar o controle das decisões financeiras para os seus cônjuges, enquanto 33% são elas as responsáveis e 22% compartilham. Entre os motivos apontados para delegar o controle do dinheiro, 93% das mulheres brasileiras afirmam acreditar que seus cônjuges sabem mais sobre finanças do que elas.

Também não podemos esquecer que 45% dos lares brasileiros são chefiados por mulheres e que ainda recebemos em média, 20,5% a menos que os homens para exercer as mesmas funções.

Assumir o controle da nossa vida financeira é a única forma de não sermos pegas completamente desprevenidas diante de algum imprevisto. Também é a forma de termos liberdade para trocar de emprego, quando não estamos felizes no atual, e não nos sentirmos presas em relacionamentos ruins.

Na pandemia, 25% das mulheres afirmam que ficaram em relacionamentos abusivos por não terem autonomia financeira. Isso em um ano em que 1 a cada 4 mulheres foi vítima de algum tipo de violência.

Crédito: Unsplash/Konstantin Evdokimov

 

E por falar em violência, uma das formas previstas em lei é a violência patrimonial, que inclui qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer as necessidades da mulher.

Um estudo realizado pelo C6 Bank e Datafolha mostrou que as agressões verbais e restrições à participação no orçamento familiar são as formas de violência patrimonial mais frequentes no Brasil após a Covid-19 e quase metade (47%) dos entrevistados relatou que o impedimento para participar de decisões de compra de produtos e serviços para a casa aumentou na pandemia, sendo que os relatos mais comuns foram entre as mulheres.

Foi só neste ano, em 2021, que as mulheres atingiram a marca de 1 milhão entre as investidoras na bolsa. Um sintoma positivo de que lidar com dinheiro deve deixar de ser um tabu.

O dinheiro nos dá a liberdade de escolher e devemos ser as únicas responsáveis na hora de decidir o que queremos da nossa vida.

 

Crédito: Unsplash/Visual Stories Micheile

Saiba que se nesse momento você não estiver no controle da sua vida financeira, se tiver dívidas ou se simplesmente nunca sobra nada do que você ganha no final do mês, não se desespere. É possível mudar isso. Com planejamento e organização você vai conseguir construir a sua independência. Vamos falar bastante sobre isso durante a semana!

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Queremos mais mulheres livres, que se bancam, e estamos aqui para te ajudar!

Nos próximos posts vamos falar um pouco mais sobre o valor do nosso trabalho e a importância de tomarmos decisões conscientes, afinal o controle emocional também importa quando estamos lidando com o dinheiro.

 

Até lá!