Pela liberdade de amar

Tudo começa com amor.

Tudo começa com amor.

Primeiro devemos nos amar, nos sentirmos completas com nós mesmas e encontrar a felicidade com quem vai estar conosco para o resto da vida.

Mas é muito enriquecedor encontrar alguém para partilhar a vida. Não alguém que a gente dependa ou precise, que preencha algum vazio, mas para somar. Alguém para enriquecer a nossa jornada.

 E não importa qual o gênero dessa pessoa ou como ela se identifica. O importante é o amor.

A homossexualidade não é incomum na natureza. A homofobia que não é natural. Somos a única espécie onde ocorre esse preconceito injustificável.

Já existe uma grande discussão sobre a desconstrução do gênero e dos papéis sociais que somos condicionados à preencher ao longo da vida, não apenas ligados à sexualidade. Mas não devemos tentar encaixar toda a nossa complexidade e profundidade em caixas pré-estabelecidas se sentimos que elas não nos representam. Devemos ser livres para ser quem somos, nos orgulharmos disso e buscar a nossa felicidade. E isso passa por amar quem quisermos. Não se submeter a um padrão heteronormativo e ser verdadeiramente você, já é um ato político.

Ao mesmo tempo em que temos uma das paradas do orgulho LGBTQIA+ mais bonitas do mundo, vivemos em um país que está longe de ser amigável para essas pessoas. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal enquadrou a homofobia e a transfobia como crimes. Isso diante de números assustadores como a morte de uma pessoa LGBTQIA+ a cada 26 horas. Em 2019, foram 329 mortes violentas no Brasil, com 297 homicídios (90,3%) e 32 suicídios (9,7%). Sem contar as subnotificações.

Isso precisa mudar.

Algumas pessoas têm a sorte de nascer em uma família que se porta como família, pessoas que se cuidam e querem bem, independente de qualquer coisa. Outras encontram essa família em pessoas em que não há a relação de sangue. Se nenhuma dessas situações for o seu caso, não se sinta sozinha. Você não está. A sua vida importa e o que precisa mudar é o mundo, não você.

Vamos educar nossas crianças para que as próximas gerações entendam que as diferenças são normais e que o amor, seja como for, é sempre algo digno de se celebrar.

Ame quem você é.

Ame quem você quiser.

Ame.