Deixa eu te fazer uma pergunta: quantas vezes você já julgou ou foi julgada hoje? Você tem consciência do quanto esse processo acontece, até de forma inconsciente, no nosso dia a dia?
Vamos conversar!
Julgar significa tomar uma decisão, formar uma opinião.
Todos os dias, talvez todas as horas dos nossos dias, somos bombardeadas por conteúdos, por imagens, que o nosso cérebro classifica como “gosto” e “não gosto”. E é natural termos afinidades com uma determinada estética ou assunto.
Todo mundo já se deparou com aquele ditado que diz “a primeira impressão é a que fica” ou que “você só tem uma chance de causar uma primeira boa impressão”.
Acho que está mais do que na hora de desconstruirmos isso. Embora existam sim estudos sobre os mecanismos cerebrais que nos fazem chegar a conclusões instantâneas.
Porque não é possível que em apenas alguns segundos possamos definir toda a complexidade, o verdadeiro universo de fatores que existem em uma pessoa.
Temos intuição e instintos que nos guiam, mas eles não são infalíveis. Quando formamos uma opinião precoce e nos fechamos para qualquer diálogo, podemos perder a oportunidade de sermos surpreendidas positivamente. Ou pior, podemos estar sendo guiadas por preconceitos.
Existem pessoas que querem manifestar quem elas são fisicamente. Isso reflete na sua forma de vestir, nos acessórios que usa, na forma de se expressar. Ter um “estilo” pode ser muito importante como forma de expressão. Mas existe também quem não liga muito para isso e prefere usar roupas que considera confortáveis.
Ter um estilo marcante ou básico não necessariamente implica em traços de personalidade. É aquela história de não julgar o livro pela capa.
Já em relação às atitudes, elas sim dizem muito mais sobre quem somos.
Algumas dessas atitudes estão ligadas à educação mesmo, como a forma que tratamos as pessoas, o ato de ficar checando o celular o tempo todo. É válido fazer o exercício de tentar reparar nas atitudes que temos e o que acharíamos delas ao ver outra pessoa fazendo.
O mesmo vale para a nossa aparência: você acredita que tudo que sintetiza a sua existência aparece em uma primeira vista? Certamente não. Por isso devemos encarar os outros da mesma forma, sem pular para conclusões precipitadas.
E você sabe o que é contrário ao julgamento? A aceitação.
Quando não julgamos, aceitamos que existem pessoas diferentes de nós. Essa diferença pode ser admirada ou não. E não cabe a nós julgar o que é certo ou errado para cada um.
Viver a nossa verdade passa por respeitar a verdade do outro, mesmo quando discordamos.
Quanto a ser julgada, não se engane. Você vai ser julgada por coisas que às vezes nem imagina. Então não sofra conjecturando tudo o que os outros pensam de você, se deve agir de um jeito x ou y.
Seja você e faça as coisas que te fazem feliz.
Não julgar e não ligar para julgamentos é o primeiro passo para ser livre!
Para ler mais:
Julgar o outro é não enxergar a verdade de cada um (Myrna Coelho/Vida Simples)
Primeira impressão é a que fica (Fapesp)
Guia para deixar de se importar com o que os outros pensam (Thaiana Brotto)